domingo, 8 de novembro de 2009

GRAFITES EM POMPÉIA...

Pompéia (Roma), há dois mil anos, sofreu uma chuva de pedras advinda de um vulcão, que soterrou a cidade, para só depois ser coberta de lava, por isso foi muito preservada em relação a muitas outras regiões da antiguidade. Só há dois séculos atrás foi redescoberta.

A cidade romana não reprimia os grafites. Que eram feitos nas paredes com estiletes. Havia desenhos e escritas sobre o cotidiano do lugar: desde barcos (por ser uma cidade portuária), luta de gladiadores, xingamentos, poemas literários conhecidos até frases eróticas.

Essas escritas parietais eram de um latim vulgar e muito próximo do que originou o português, o italiano, entre outras línguas. Como exemplos de poemas literários e frases eróticas:

(Quis) quis amat ualeat, pereat qui nescit amare.
Bis tanto pereat quisquis amare uetat (CIL, IV, 4091)
[Viva quem ama, que morra quem não sabe amar!
Morra duas vezes mais quem proíbe o amor].

Hic ego cum veni futui deinde redei domi (CIL, IV, 2146)
[Quando estive aqui, fodi e depois voltei para casa].

Pompéia é uma grande fonte de estudos por ter alto de grau de preservação. Do que foi preservado, inúmeras informações foram adquiridas também a partir dos grafites da cidade. Assim, é possível que se houvesse repressão em relação aos grafites, seriam desperdiçadas dessas inúmeras informações.











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